quarta-feira, janeiro 14, 2009

Por que, Deus?


De onde viemos?

Para onde vamos?

Por que estamos aqui?

Será que existe mesmo uma resposta lógica para estas perguntas?

O problema é que teriam que ser lógicas segundo o nosso referencial.

Faz sentido criar o Universo e todas essas criaturas mais ou menos evoluídas, vê-las guerrear e um dia pré-determinado simplesmente separá-las em dois lugares distintos: céu e inferno? Isso é justo? Quem merece ir para o céu? E para o inferno? Para onde você acha que iria? Seja sincero...

O que determina isso? E, o que julgo muito importante e é o ponto central aqui: por quê? Por que fazer tudo isso? Acho que nem a pessoa mais criativa daria uma resposta satisfatória.

Vamos supor que as almas são imortais. Ao serem criadas, estão no mesmo nível, mas, devido ao livre arbítrio algumas resolvem estacionar por um tempo enquanto outras evoluem (moralmente falando). Suponhamos que o destino de todos seja a “perfeição” (seja lá o que for isso, pois é difícil definir com nossos poucos referenciais). Por quê? Qual a razão para se criar um bando de almas e determinar que um dia todos serão perfeitos? E depois? Eu serei perfeita, e? Tudo bem, eu vou auxiliar outros. E esse trabalho não acabará nunca?

Digamos agora que o objetivo é um estado de completa iluminação. Não parece inútil ser criado, passar tudo o que nós passamos para “virar luz” no final? Não saber se a nossa essência ainda será nossa e se manteremos nossa personalidade e consciência.

Admitindo também que tudo dê em nada. Isso mesmo, nada. É tão desesperador quanto poderia consolar. Mas é uma idéia absurda, pois nega quaisquer motivos, e são os motivos que procuro.

Sei que até certo ponto é em vão pensar nisso tudo. Adianta? Não tanto, pois ainda não sei a resposta. Apenas tenho suposições, todas incompletas.

É perder tempo deixar de viver (viver: algo a que somos impelidos a fazer) para apenas fazer essas perguntas. Mas também para mim é perder tempo viver sem nunca ter perguntado.

Suponha que Deus (ou qualquer denominação que lhe convém) batesse à sua porta, o que você lhe perguntaria?

Simone E. B. Silva.

06/01/2009

Reescrito dia 14/01/2009.