quarta-feira, janeiro 14, 2009

Por que, Deus?


De onde viemos?

Para onde vamos?

Por que estamos aqui?

Será que existe mesmo uma resposta lógica para estas perguntas?

O problema é que teriam que ser lógicas segundo o nosso referencial.

Faz sentido criar o Universo e todas essas criaturas mais ou menos evoluídas, vê-las guerrear e um dia pré-determinado simplesmente separá-las em dois lugares distintos: céu e inferno? Isso é justo? Quem merece ir para o céu? E para o inferno? Para onde você acha que iria? Seja sincero...

O que determina isso? E, o que julgo muito importante e é o ponto central aqui: por quê? Por que fazer tudo isso? Acho que nem a pessoa mais criativa daria uma resposta satisfatória.

Vamos supor que as almas são imortais. Ao serem criadas, estão no mesmo nível, mas, devido ao livre arbítrio algumas resolvem estacionar por um tempo enquanto outras evoluem (moralmente falando). Suponhamos que o destino de todos seja a “perfeição” (seja lá o que for isso, pois é difícil definir com nossos poucos referenciais). Por quê? Qual a razão para se criar um bando de almas e determinar que um dia todos serão perfeitos? E depois? Eu serei perfeita, e? Tudo bem, eu vou auxiliar outros. E esse trabalho não acabará nunca?

Digamos agora que o objetivo é um estado de completa iluminação. Não parece inútil ser criado, passar tudo o que nós passamos para “virar luz” no final? Não saber se a nossa essência ainda será nossa e se manteremos nossa personalidade e consciência.

Admitindo também que tudo dê em nada. Isso mesmo, nada. É tão desesperador quanto poderia consolar. Mas é uma idéia absurda, pois nega quaisquer motivos, e são os motivos que procuro.

Sei que até certo ponto é em vão pensar nisso tudo. Adianta? Não tanto, pois ainda não sei a resposta. Apenas tenho suposições, todas incompletas.

É perder tempo deixar de viver (viver: algo a que somos impelidos a fazer) para apenas fazer essas perguntas. Mas também para mim é perder tempo viver sem nunca ter perguntado.

Suponha que Deus (ou qualquer denominação que lhe convém) batesse à sua porta, o que você lhe perguntaria?

Simone E. B. Silva.

06/01/2009

Reescrito dia 14/01/2009.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Eu 'só' te amo!


Meu amor...

És, sem sombra de dúvidas, um presente em minha vida!
Não é à toa que nos conhecemos no dia do meu aniversário...
Um presente especial.
Uma pessoa especial!

Eu não esperava que as coisas acontecessem assim, tão repentinas. Mas justamente por terem acontecido assim, está sendo tão maravilhoso.
Vai fazer 2 meses que nos conhecemos. Só 2 meses. Por que tenho a impressão que te conheço há MUITO mais tempo?!

Nós conversamos muito. Isso pra mim é importantíssimo! Temos uma cumplicidade... Intimidade... Sintonia... Não dá pra explicar! Só sei que AMO nossas conversas!

Amo você! Meu amor por você tende a +∞! xD (Que nerd! :D)
Amo seu sorriso. Como você me trata. Como você me vê. O que você diz para mim. É lindo, mágico. Obrigada por me proporcionar momentos como os que estamos vivendo...
Eu te amo por você ser exatamente como você é.
Chato? Sim, chato.
Mas também és engraçado...
Meu amor, tu me faz rir! Muitos dariam os parabéns por isso! ^^

Mas não só rir...
A cada dia, cada momento, cada olhar, cada carinho... Você me faz mais e mais feliz!
Você gosta de mim por eu ser eu mesma. E eu te valorizo MUITO, pois és sempre você mesmo. Fiel às suas crenças, mas disposto a ser sempre uma pessoa melhor.
Eu te admiro muito! Vejo um futuro iluminado... Meu amor, você faz por merecer o que ganha. Você conquista. Confio no seu potencial.

Tenho uma confiança enorme em você. Com você eu iria até o inferno, pois sei que nunca me deixarias desamparada. Sei que sempre estarias ali, segurando firme minha mão. Sei que posso contar contigo, como já venho contando...

Sempre gostei de falar, escrever... Mas, como já te disse: você me deixa sem palavras!

.Amo-te.
Querer que acabe?
Nunca!
_________
Amar é...
Roupa Nova

Amar!
É quando não dá mais prá disfarçar
Tudo muda de valor
Tudo faz lembrar você
Amar!
É a lua ser a luz do seu olhar
Luz que debruçou em mim
Prata que caiu no mar

Suspirar sem perceber
Respirar o ar que é você
Acordar sorrindo
Ter o dia todo prá te ver

(Refrão)
O amor é um furacão
Surge no coração
Sem ter licença prá entrar
Tempestade de desejos
Um eclipse no final de um beijo
O amor é estação
É inverno, é verão
É como um raio de sol
Que aquece e tira o medo
De enfrentar os riscos
Se entregar...

Amar!
É envelhecer querendo te abraçar
Dedilhar num violão
A canção prá te ninar


I S2 you!

terça-feira, novembro 25, 2008

I am not your Elizabeth!



Depois de assistir “Dias e Noites” e de uma conversa no MSN, fiquei ‘inspirada’ a escrever este texto.O filme fala da vida de Clotilde, uma mulher que viveu na década de 60, no Brasil, e pode ser considerada alguém à frente de seu tempo. Ela sofreu muito, bem como tantas outras mulheres no decorrer da história.De quem é a culpa? Dos homens? Da própria mulher?As mulheres por muito tempo estiveram acomodadas na vida que levavam. O problema é que as possíveis revolucionárias nasciam em meio a famílias machistas e preconceituosas. Era difícil revoltar-se por não poder freqüentar escolas e a própria mãe te repreender por isso.Elas podiam criar os filhos de forma diferente? Poderiam. Se soubessem fazê-lo. Freqüentemente temos muito dos nossos pais em nós, e isso influencia em como vamos criar nossos próprios filhos. Elas não tinham muitas opções e freqüentemente as mulheres que estavam “à frente de seu tempo” não se casavam ou não tinham filhos para passar seus ideais adiante.Na Idade Média muitas foram queimadas. Sua obrigação era cuidar das crianças e não tinha o direito de pensar ou questionar, afinal, os pecados eram sua culpa. Foi a mulher quem ofereceu a maçã a Adão. Foi uma mulher quem abriu a caixa que liberou os males no mundo. A mulher deveria esconder seu corpo. Na Grécia Antiga elas deveriam ficar escondidas quando o homem recebia uma visita. Na China as mulheres deveriam andar atrás dos homens.Esses costumes foram criados por mulheres? Não. Mas foram mantidos, pois sabemos que desde crianças estamos imersos na cultura já existente e muito é ditado pela religião. Ironicamente hoje as pessoas mais religiosas são as mulheres.Com o tempo o mundo estava apto a viver mudanças. Não só as mulheres estavam lutando por seus espaços e se impondo, como os homens estavam sendo levados à reflexão.Foi difícil, houve mortes, mas hoje cada vez mais é notável a igualdade entre os sexos. Na verdade, com freqüência, são as mulheres que compõem a maioria dentre os universitários. Elas estão ganhando espaço mesmo em áreas que eram tipicamente masculinas,Infelizmente muitas mulheres parecem confusas quanto ao seu papel. Não conseguem demonstrar sua liberdade de forma saudável. A mídia vende hoje uma imagem caricaturada da mulher, onde sempre aparece como fútil e que fica com qualquer homem de forma fácil, sem se importar em saber quem é aquele homem. Essa imagem de liberdade de escolher quem quer ser através da escolha de um parceiro, essa imagem altamente consumista que dá exagerada importância ao seu cabelo, unhas e roupas, está influenciando as meninas, futuras mulheres e líderes. As meninas crescem comprando a idéia de que isso é ser mulher, que isso é liberdade, que isso é independência.Hoje a luta é outra. Saímos de uma situação e muitas pecam pelo exagero no oposto. Hoje eu luto para orgulhar as guerreiras de ontem. Eu, a cada dia, tento honrar suas batalhas, mas não colocando a mulher como superior (embora seja! XD), mas defendendo igualdade dos direitos como ser humano.


O título é um trecho do filme:

"Robert Dudley: (Dancing with Elizabeth) You are still my Elizabeth!Queen Elizabeth I: (angry) I am not your Elizabeth! I am no men’s Elizabeth. And if you think you will rule here you are mistaken!"


E vocês devem imaginar o porquê da imagem... Elizabeth... entendeu?! XD


..

*'s

segunda-feira, novembro 17, 2008

A Lua é Testemunha!

Fim de semana perfeito!

Pensar que apesar de tudo o que aconteceu hoje eu estou rindo. Hoje estou feliz! Primeiro tive que encontrar a mim mesma. Saber que deveria ‘levantar a mão sedenta e recomeçar a andar’ e fazer isso!

Foi quando eu me encontrei que o universo me fez encontrar essa pessoa tão especial. E hoje, ao nos encontrarmos, sinto-me radiante! Mesmo à noite, eu sou sol.

Saiba que, acima de tudo, quero construir laços. Saiba que eu confio. Saiba que eu me entrego.

Hoje eu estou mais forte. Hoje eu estou mais segura. Hoje eu sou eu, e isso é bom!
Um passo de cada vez leva você ao fim da estrada e ainda te deixa observar a vista!

Simone E. B. da Silva.


“Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê.”


PS. Era para ter uma foto da lua, mas não consegui colocar então... Vejam no fotolog! ;)
http://www.fotolog.com/simonelizabeth

quarta-feira, novembro 05, 2008

Meu Poema Tosco


Quem é este que,
Quando eu estava perdida em meu abismo
Chega e se expõe aos meus caprichos?
Que em meio à escuridão de minha decisão
Toma-me em braços envolventes,
E numa fração de um fragmento
Leva-me ao frenesi digno de um drama?
Aquele que em meus suspiros
Fez-se firmamento
Tornando minhas fobias passageiras.
O que antes me era profano,
Hoje me é sagrado.
Graças a ti, que ergueu o véu
Que me cobria a razão,
Libertando-me do cárcere.
O caos formado em minha mente
Que me poupava a felicidade,
Organizou-se com eficácia
Enfraquecido, como uma mentira
Que ao ser descoberta, acaba.
E com imenso alívio
Foco seus olhos macabros
Como criança da noite, eu gozo
Do prestígio de dedicar meu amor a ti.
Deleitando-me em luxúria,
Conquistando teu apreço
Para que no desfecho
Possa bradar aos mortais
Que a aflição por que passam
Pode findar como em um eclipse.
Que após as trevas da ignorância
A luz deturpada do conhecimento reinará.
Com você como guia
Aprendi que a trilha que pensava correta, era falsa,
E que a eternidade pode presentear-me
Com sutil filosofia
Preenchendo-me com o júbilo de satisfazer meus desejos secretos.
Encontrados no fundo de minha alma
Corrompidos pela ânsia de realizar
Minhas fantasias, que exaltam
O que está escondido em meu peito.

Simone E. B. da Silva
11/02/2005


terça-feira, outubro 28, 2008

E Assim se Inicia Uma Nova Fase na Minha Vida!



Depois de 2007, com os quatro dias de aniversário, eu havia decidido que esse ano não podia ser muito diferente!

Os preparativos!
Foi um inferno! Por que a aniversariante tem que ficar ligando pra todo mundo? Por que os amigos e a família não podem simplesmente resolver tudo?!
Em meio a essa agonia, bateu aquele desânimo!
Poucos dias antes de fazer, efetivamente, 22 anos, aquela insegurança sobre o futuro (que poderia existir sempre, já que não sei nada sobre ele...) e uma tristeza repentina devido a tudo que está acontecendo comigo, caíram sobre mim!
Mas eu também tenho ‘anjo da guarda’! E ele me mandou Camila (minha vizinha que conheço desde que ela tinha 5 anos...! Hoje com 15!). Camila só ia me devolver um livro. Mas ela viu como eu estava. Mas ela se importou comigo. Ela me perguntou o que houve... E isso fez toda a diferença!
Eu não costumo falar tanto, mas me senti muito confortável para desabafar!
E desabafei. E conversamos por mais de duas horas (com a mãe dela chamando-a com freqüência) enquanto nosso assunto vagou por muitas esferas! Enfim, de desabafo, com um abraço, meu humor melhorou consideravelmente! E isso graças a ela!
Fiquei mais contente! Só lamentei que ela não pudesse ir para a comemoração da sexta. Já, já chego nela.

Minha turma estava planejando se reunir numa pizzaria, logo depois da prova de Matemática que aconteceria na sexta-feira. Mas, até o dia, ninguém me confirmou nada! Então fiz meus planos com minha irmã.

Sexta-Feira, 17/10/08
Programação: Casa – UFPE – Metrópole
As confirmações de presença eram cada vez menores... Simplesmente o povo resolveu me dar ‘bolo’ (queria eu que fosse no sentido próprio dos dias de aniversário...)! Liguei para um e para outro, cada qual com seus motivos (alguns compreensíveis, outros soando como ‘desculpas’) e muitos não confirmaram!
De qualquer forma, mesmo com a imensa vontade de cancelar tudo e dormir a noite toda (o que não aconteceria, já que minha turma salvaria), fui para a aula pronta já que não teria tempo sequer para respirar! Fiz uma prova razoável, mas melhor do que eu esperava (e eu esperava um 3,0!), comentamos um pouco a prova (descontentes!), lamentei que não poderia sair e comer pizza com a turma (e disseram que foi muito bom!) e André me acompanhou até a Área II (pensem num lugar esquisito!). Lá chegando encontro Lucas (o namorado da minha irmã) que abriu a porta pra mim (tem que ter cartão!). Eu e Paty (minha irmã) continuamos os preparativos. Eu fiquei nervosa pois mais gente estava desmarcando. Será que NINGUÉM ia? Mas ainda assim, não cancelei!
Saímos da UFPE rumo ao posto que fica na Av. Conde da Boa Vista, que é um ponto de encontro pré-Metrópole. Ninguém tinha chegado ainda. Lucas, com fome, insistia em comprar biscoito. Patrícia, com vergonha, não queria deixar. Coitado do rapaz! Mas ele ganhou esse embate e enfrentou a fila enorme! Pouco depois chega Edi e Tia Val, que vieram de casa. Conversamos mais um pouco enquanto esperávamos Berg e Phellipe. Berg chegou e era visível sua animação! Ele realmente estava afim de dançar! Phellipe chegou e estávamos prontos!
Notem que sete pessoas estavam se dirigindo à Metrópole. Sete de mais de 15 pessoas que eu convidei!
Claro que dessas 15, parte foi convidada só por educação! Não que eu não quisesse que eles fossem, mas eu já sabia que não iriam! Simplesmente porque eu os conheço o suficiente.

Enfim, eu não estava TÃO animada assim. Ainda mais quando, chegando lá (sem fila!) Berg foi barrado por não ter 18 anos ainda! Claro que sabíamos que ele tinha 17, mas o fato é que ele faria 18 em poucos dias (aniversário: 27/10)! Mas mesmo assim ele não pôde (se sua mãe ou pai estivesse ali e entrasse, passando a noite toda com ele, poderia... Mas eu não imagino de jeito nenhum os pais dele na Metrópole!).
Eu, Tia Val e Edi acompanhamos meu primo (um dos mais animados, lembrem!) até a avenida e retornamos ao local. Nossa!!! A fila estava ENORME! Alguns poucos minutos e tivemos que esperar mais de meia hora do lado de fora!
Mas tudo bem, não vamos desanimar!
Entramos!
Phellipe (de agora em diante chamado de Lipe) empolgadíssimo em mostrar tudo (mas não todos) a mim, Tia Val e Edi, pois nunca havíamos entrado na Metrópole. O lugar é muito bom! Muito bom mesmo!
Tem vários ambientes, lugar para sentar e conversar, opções de músicas... Enfim, ela é o que promete. E mais tarde descobriríamos até onde essa afirmação está correta!
Logo descobri que o meu ambiente preferido é o do primeiro andar. Lá é engraçado e o som diversificado. Não gostei muito das luzes do térreo (sabem aquele efeito de estar piscando direto?) e o som era só eletrônico! Achei legal que tem o andar 0,5! Uma bancada de onde você vê o que acontece no térreo e que é, digamos assim, mais pacífico (até certo ponto, já que um homem passou a mão na minha cintura quando eu estava lá!).
Como eu disse, eu não estava animada. Simplesmente não conseguia me estimular a mexer o corpo para dançar! Na verdade eu não sou de ficar dançando. Gosto de ver as pessoas dançando, mas não de atuar nessa peça. Mas gosto de estar com amigos. Gosto de conversar. E eles gostam de ir a lugares assim. Eu tenho fé que um dia eles vão entender isso e não ficarão me chamando para dançar! O que eu gosto desse estilo de música é justamente isso! Não é preciso outra pessoa para dançar, logo eu não preciso de convite. Se eu estiver afim, eu simplesmente danço! E eu não estava. Não no começo da festa.
Lipe queria beber. Ele e Tia Val queriam dançar. Cogitaram subir no palco e dar show, mas foi um outro quem deu show! O cara simplesmente se achava! Ele era uma diva (e logo eu saberia que não era só ele quem se achava diva!). Lá é muito comum você ver o que minha irmã chamou de ‘tiozão’ literalmente soltando a franga! E isso é hilário! É muito engraçado ver aquelas pessoas se requebrando daquele jeito! E quando toca Britney Spears é que eles enlouquecem! Pensem numa cena! Primeiro um ‘casal’ de homens se beijando apaixonadamente. Em seguida um deles sai de junto e começa a dançar no palco, que já estava ocupado por outro rapaz. Eles tinham a coreografia perfeita! E anunciaram: “Próximo final de semana especial Britney Spears, com a maior biba que o mundo já viu!”
Depois desse show (e de comer, claro!) nós nos instalamos num corredor onde tem um sofá. É... bem no meio do caminho. E quando tem alguém tirando foto de frente ao espelho, já viram! Pois bem, estávamos lá e eu começava a me animar (tá bom que logo mais nós sairíamos, mas ao menos me animei!) e Lucas começava a dormir! O interessante é que quem tem namorada (no caso dos homens) não larga dela por nada! Mas Lucas bobeou. Dormiu. Mas não pensem que homens aproveitaram esse momento para investir em Paty. A pessoa que ‘abalou’ por lá foi Lucas! Os caras fingindo se olhar no espelho e de olho em Lucas foi a sensação!
Só quem não gostou foi Tia Val! Ela jura que era uma porta! Mas me digam: como uma pessoa que vai numa boate GLS (mais GL, sobretudo G) espera ser paquerada? Paquerada por homens!
Edi e Tia Val não perderam a oportunidade de ver um srtiptease! Eles não esperavam, mas o cara tirou TUDO! Isso mesmo, TUDO! Edi: ‘Foi horrível’. Tia Val: ‘Só via o pessoal tirando foto’! Um sucesso! Mas essa eu perdi, pois estava conversando em outro ambiente com Paty e Lipe (pois Lucas dormia!).
Nossa noite estava acabando (não a noite, já que saímos às 3) e não havíamos consumido tanto assim (a entrada é revertida em consumação na sexta-feira). No bar dos ‘fumantes descarados’ trocamos por refrigerante e água (não só por isso, é verdade) para levar para casa. Isso mesmo, levar pra casa! E o pior é que nem vi a cor da coca-cola...!
Estávamos rumo à saída, quando abro a porta e o mesmo homem que me encontrou no 0,5 andar passa por mim, alisa minha cintura (eu olho para ele), segura minha mão (e segura MESMO. O cara colocou força!) e diz: ‘Vem me conhecer.’ Eu digo: ‘Não!’. Simples assim! Que sem noção!
A gente sai da Metro (apelido carinhoso) e Lipe logo vira: ‘Quem foi que o cara tentou agarrar?’. Eu levanto a mão e ele diz que eu devia ter dado um beijo no cara! Não mesmo. O cara tipo armário, todo largo e metido a forte! Aff! Só para constar, ele (Lipe) estava com uma história de ‘arrumar coito’ para quem quisesse. Ainda desconfio que ele contratou aquele cara para dar um susto na aniversariante.
Candeias – Bacurau. Esperamos por esse ônibus! Estava apertado. Estávamos cansados (eu nem tanto!). Até que enfim, quando pensávamos que nada mais ia acontecer, o ônibus quebra! Isso mesmo, quebra! Não acreditei, mas era verdade. Engraçado que as pessoas não queriam descer do ônibus. Edi logo desceu e ligou para a mãe dele. Mas, estranhamente, outro ônibus veio rapidamente socorrer o quebrado (acho que é por estarmos perto do terminal deles, em Boa Viagem). Lipe e Lucas seguem no novo ônibus e eu, Paty, Tia Val e Edi esperamos pela mãe dele.
A noite termina assim. Em casa, cansadas e com sono, mas satisfeita por ter ‘nascido’ junto com os amigos.

Sábado (que devia se chamar sábado-feira), 18/10/08 (O dia!)
Acordei tarde, claro! Mas nem tanto.
Eu queria almoçar fora, mas onde? Cada qual com um gosto diferente e eu queria agradar. Minha mãe: vamos ao shopping? Ótima idéia! Tem de tudo lá! Meu pai achou que sairia caro (realmente sai mais ‘salgado’), mas compensa! E nem foi tão caro assim. Todos daqui de casa foram! Isso fez toda a diferença. Encontramos Edi antes do curso dele e ele nos acompanhou. Lucas e Paty chegaram depois.
O camarão e o yakisoba eram tentadores, mas fiquei com um almoço do ‘Yellow Submarine’. Muito bom! Claro que ainda tomei Ovomaltine (não podia faltar!).
Depois fomos à loja da Vivo visando comprar meu chip e o celular. Mas os chips haviam acabado e o mesmo celular que no site deles era 349 reais, na loja estava por 449! À vista! Lá encontrei Ildon e Isabele. Mais parabéns!

Voltamos para casa e eu me preparo para ir à Rosa Cruz. Edi me acompanha até perto e lá eu chego, tímida como sempre, mas também como sempre muito bem recepcionada! Laís, um amor de pessoa, deu os parabéns com um sorriso de orelha a orelha que me acalmou completamente (é que antes eu só havia ido acompanhada de Adriel e dessa vez eu fui só). Sales (alguém que adorei conhecer) fez as honras da casa. Conversamos. Basílio também estava lá e me tratou super bem! Mais parabéns. Alex, velho conhecido (graças a Lucas), também estava lá e seu aniversário era no dia seguinte!
Fui para a meditação aberta. Simplesmente queria uma renovação das energias. Eu estava precisando, e seria coincidência demais meu aniversário esse ano ser justo no sábado. Como sempre, foi ótimo!
Todos bateram ‘Parabéns pra você...’ (e eu devo ter ficado vermelha nessa hora) e eu me senti bem comigo mesma.
Convidaram-me para sair, mas como eu não tinha avisado nada, achei melhor voltar para casa.
E eu fui dormir. Satisfeita. Feliz.

Domingo, 19/10/08 (Último dia)
Tia Val tinha me chamado para irmos à praia. Ela e Edi tinham combinado e pela manhã minha mãe se animou a ir também. Por que não? Achei que ver o mar completaria meu ‘ritual’ e como me disseram na noite anterior, ‘aproveite esse período para começar coisas boas que serão grandes as chances de durar’. Apenas os três entraram na água (faz tempo que não tomo banho de mar...) e eu fiquei lá, na areia, refletindo. Relaxando. Fechei os olhos (e ninguém perceberia já que eu estava de óculos escuro) e apenas fiquei lá. Simples.

Mas não podíamos passar a manhã toda lá. Ainda tinha mais um almoço em família! Dessa vez eu ia comer yakisoba. O local escolhido foi a Av. Caxangá (perto da casa da minha avó e alguns iriam de lá assistir ao jogo da ‘coisa’). Vovó, Quiu, mainha, Cleide, Leo, Lucas (meu primo, o outro não apareceu...), Renan, Edi, Tia Val, Paty e eu, claro! Guga foi com meu pai para um evento nos Correios...
Gostei da comida de lá, mas ainda acho o yakisoba do China Pólo melhor! Mainha e Quiu ficaram juntando tampinhas de coca-cola, inclusive pedindo em outras mesas! Tiramos fotos (com uma câmera, diferente da Metro, onde só tínhamos o celular!). Fotos muito boas por sinal! Foi divertido! Leo pediu um mousse que ele jurava estar uma delícia, mas a expressão dele de reprovação não enganava! Ri muito, como sempre. Minhas tias são muito engraçadas! Mais parabéns! Abraços, beijos, carinho!
Fomos para casa.
Para completar a maratona, RPG!
A tarde toda e boa parte da noite foram recheadas de risos e pérolas. Esses meus amigos são ótimos!

Enfim, estava acabando!
Bem como meu relato.
O que eu tenho a dizer?
Obrigada a todos os meus conhecidos, amigos e familiares!
Sem vocês nada disso seria possível!
Profundamente grata,

Simone Elizabeth (agora com 22 anos!)

sexta-feira, outubro 10, 2008

Mais um poema de amor...

Foi quando sorriu que eu vi
Vi as mentiras que se arrastavam para fora
Entre dentes brancos.
Os mesmo dentes que iluminavam aquele sorriso.
O sorriso que eu amava
Mas que hoje parece fingido
O sorriso que escondia a falsidade do olhar
Pensei que era uma arte, a de enganar
Saber dizer o que quer ser ouvido,
Apreciado e acariciado pelo sorriso sincero.
Sorriso de olhos, olhos de amor.
Amor verdadeiro
Amor apunhalado pelas costas
Amor que gritou de dor
Amor que entendeu a arte
A arte de fingir... Amor.

Simone E. B. Silva
09/10/2008

Mais um poema para falar de amor. Mas fala também de decepção. Decepção que o tempo leva. Essas chagas serão curadas, mas deixarão marcas. E essas marcas o tempo vai fazer questão de mostrar, de me lembrar que elas existem. O tempo! Tão evocado e tão apedrejado por muitos. Pobre tempo! Mas esse não é um post sobre o tempo, outro dia eu falo sobre ele. É um post sobre o amor. Mas o amor que eu sinto, não o que eu idealizo. O amor que eu imagino ser amor não é egoísta. Ele é completo em si mesmo. Ele doa. Ele é livre de preconceitos. Para ele, amar vale a pena, sempre!
O amor que eu sinto ainda é imperfeito. Ele pede amor em troca. Eu só quero ser valorizada por meu namorado ou amigo na medida em que eu os valorizo. É pedir demais? Talvez seja, e por isso a decepção acontece.
Mas eu sou feliz por amar. Mesmo do meu jeito falho, mesmo com a minha inocência, eu sou sonhadora e sou feliz por isso. Eu acredito nas pessoas, eu confio.
Já disseram que eu devo mudar, mas por quê? Por que eu devo usar a diminuir as pessoas? Por que eu não devo sonhar mais? Por que eu não devo confiar? Por que eu devo perder minha inocência? Por que eu não devo amar?
Já respondi para mim mesma: assim você não sofrerá mais! Mas e as alegrias? Eu também irei perdê-las! E não tem alegria maior do que as que provêem do amor! Eu estou disposta a trilhar esse caminho cheio de pedras e cacos, mas que no fim tem uma luz que hipnotiza, aquece, conforta, fortalece! Eu sou mais forte por trilhar esse caminho e sei que esse sofrimento que eu falo, é muito menor que o sofrimento de muitos outros que sequer lamentam!
Mas esse post não é só lamento! É um convite à reflexão. Você já se perguntou até onde iria por amor? Você perdoaria? Você se doaria? Quantas pessoas você já magoou? Quantas mágoas você já perdoou? Quantas mágoas você guarda até hoje? Quantas vezes já disse ‘eu te amo’ com sentimento verdadeiro? Quantas vezes disse da ‘boca para fora’? Você já chorou por aquilo que pensava ser amor? Você já chorou de alegria? Quais foram as últimas palavras que disse para as pessoas ao seu redor? Para seus amigos? Para seus amores? Para seus menos amigos?
Já pensou que podem ser as últimas?

Obrigada pela atenção,
Simone.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Para Um Bom Roleplay

Criando e Interpretando Personagens
Primeira Parte


Por Fernando “Wild Joker” Jr.

Personagens de RPG - Os principais personagens de uma história a ser contada, frutos muitas vezes de aspirações pessoais e subconscientes dos jogadores que os criam e passam horas e horas, às vezes até anos e anos jogando com eles.
Muitas vezes um personagem de RPG, se torna marcante em uma campanha/aventura... mas mais marcante ainda pode ser o significado que ele tem para o jogador que o controla. Algumas vezes a conhecemos tão a fundo que ele realmente parece existir. Parece que ele vai abrir a porta logo ali da sala e vai entrar, com suas vestes maravilhosas, e nos dirigir a palavra.
Seja ele um bárbaro, um mago ou um nobre paladino, ou mesmo um soldado espacial, um super-herói ou até mesmo um grande vilão.
Esse é um dos fatores que mais me fascina ao jogar RPG, criar personagens e dar vida a eles, interpretá-los como se existissem, como se estivessem do seu lado, e sem dúvida nenhuma, é um dos pontos mais fortes do jogo.

Como NÃO deve ser feito

Algum tempo atrás, estava conversando com um colega de jogo, e ele estava me dizendo... “Seu personagem é só uma planilha cheia de números, até o momento em que você começa a dar vida a ele.”
Isso pode parecer muito óbvio para alguns jogadores, mas ultimamente tenho visto justamente ao contrário. Vejo uma preocupação cada vez maior em construir um personagem poderoso, e cheio de combos e golpes mortais do que se dedicar a interpretar realmente no sentido exato da palavra.
A meu ver, muitos jogadores ainda estão jogando RPG como se fosse um RPG eletrônico ou coisa parecida, jogando da seguinte forma:
1- Conversam e interpretam sutilmente um pouco, muitas vezes bem basicamente, sendo que no máximo, seguem a risca o que a “tendência” ou o “estereótipo” do personagem diz (o Mestre introduz alguns NPCs para a aventura afim de dar uma certa coerência as pelejas);
2- Compram provisões e/ou gastam o dinheiro com mais armas e equipamentos úteis (a peleja)
(chance do Mestre sacanear os jogadores - “Não, você não tem 2X metros de Corda, você tem apenas X” );
3-) Partem para a aventura (peleja) aonde estão ávidos em encontrar desafios (XPs móveis) para logo acabar com eles e voltarem para a vila mais próxima e receber os louros da glória (dinheiro pra peleja) e para a busca de mais desafios e aventuras (retomar o ciclo - volte a etapa 1).
Claro, que tenho de citar o tipo de “interpretação em combate”. Pode até ficar bonito... (acreditem, ultimamente tenho visto descrições de cenas dignas dos melhores efeitos especiais que um filme de cinema pode ter.) interpretar o efeito de magias ou de como você gira e rodopia a espada, cortando o céu antes de arrebentar o focinho daquele Orc, mas dizer que isso é interpretação, bom... Aí é forçar a barra.
Interpretar um personagem acima de tudo é saber como ele agiria em determinada situação, e interpretar isso, de qualquer maneira, sem hesitar.
Sua personagem evoluída e cheia de itens mágicos saltaria para a morte caso essa fosse uma maneira de salvar toda uma cidade de demônios? Então faça, sem pensar que você vai deixar de jogar com ela, que vai “perder” dezenas de itens mágicos e anos jogados com o personagem.
Seu Paladino não deixa transparecer suas emoções devido a um grande trauma que teve na infância? Ótimo, faça isso. Por mais que ele pareça sem sentido para alguns, você sabe o porquê daquilo. Está escrito na sua estória, está lá, escrito e documentado. Interprete.
Você joga com um Anão que não tem bons modos? Arrote, solte gases... (não necessariamente o jogador, por favor, você ainda quer voltar a jogar com seu grupo) Cuspa no chão. Seja rabugento. Interprete.
Obviamente, cada um gosta de jogar de sua maneira, mas se você quer jogar um RPG de verdade, a meu ver, é assim que tem de ser feito, pois jogos de combate com dezenas de combos e efeitos especiais existem aos montes no PC ou em videogames.
Somente numa seção de RPG jogando dessa maneira, você tem a oportunidade de sentar e relaxar a mente, viajar nas estórias e sentir como se realmente você estivesse lá. Sem se preocupar em ganhar pontos para se tornar mais poderoso, e consequentemente ganhar mais pontos.

Construindo para interpretar

O processo de criação de personagem não começa ao preencher a planilha de jogo, e sim, antes... quando você o imagina andando e falando, quando você imagina as manias, os defeitos e as crenças dele.
Esqueça os números, e benefícios, esqueça os combos e poderes. Nem se quer pense nas magias magníficas e poderosas ou na espada mortal e afiada que ele vai usar.
Comece pela estória do personagem lá atrás. Pense no nascimento dele, aonde foi? Ele teve/tem família? Onde estão? Mortos? Ou ainda vivem? E se vivem, como é o relacionamento com eles?
Coloque-os no jogo como um dependente mais novo do seu personagem, pode ser um irmão mais novo, ou mesmo uma irmã que insiste em seguir os seus passos. Isso renderia dezenas de seções de interpretação aonde seu personagem iria tentar mantê-la segura ou ate mesmo iria treiná-la para resistir aos perigos que enfrentará ao seu lado.
Sempre construa pensando em como você pode tirar proveito da estória que ele tem, ou mesmo crie a estória já propositalmente com vários “ganchos” para o mestre usar em aventuras futuras. Alias... Exija que seu Mestre faça isso. É um direito seu de se divertir com um personagem que seja muito mais do que uma ficha de papel e números.
Não deixe que nesses casos, a maior emoção passe a ser a hora de ver o resultado dos dados.

sábado, agosto 25, 2007

A Quarta Dimensão - Além dos Cinco Sentidos

Em que consiste exatamente a quarta dimensão? Das discussões entre matemáticos, cientistas e místicos emerge uma estimulante polêmica: a quarta dimensão abrangeria num nível mais sutil as três outras com que convivemos, e incluiria também todo o passado e todo o futuro.
Por Carlos Cardoso Aveline

Quantas dimensões tem a realidade em que vivemos? Normalmente consideramos que o mundo ao nosso redor é tridimensional. Pensar na existência de uma quarta ou quinta dimensão desafia a estrutura atual do pensamento humano. A quarta dimensão – se ela existe de fato – transcende tudo o que vemos ou sabemos através dos cinco sentidos, e exatamente por isso constitui um mistério fascinante.
Há várias maneiras de abordar o quebra-cabeça que é investigar a quarta dimensão. Mas quero começar pela mais simples. Vamos criar, simbolicamente, um universo. Imagine um ponto sobre uma folha de papel. Geometricamente, ele não tem dimensões. É um local de transição entre o mundo sutil, intocável e imensurável, e o mundo denso, cujos objetos podem ser medidos. Quando esse ponto se une a outro ponto e se transforma numa linha reta, temos, digamos, um universo físico unidimensional. Essa reta pode ser infinita, e, no entanto ela só tem uma dimensão.
Para avançar na nossa experiência, imaginemos então que a linha reta faz uma curva fechada, como se dobrasse uma esquina, formando um ângulo de 90°. Temos, agora, uma superfície. O nosso universo ficou bidimensional: possui extensão e largura. É infinito, potencialmente, mas só existe em um plano ou nível. Visualize a seguir a nossa linha erguendo-se em outro ângulo de 90°, para formar uma perpendicular em relação ao plano em que o universo existia. O nosso processo de manifestação adquire assim a condição de tridimensional. Tem extensão, largura e altura. Pode ser habitado por corpos sólidos. Este é o universo que os seres humanos estão acostumados a enxergar. Mas o que é, ou pode ser, o universo quadridimensional que vem a seguir?
Segundo os matemáticos, para alcançar a quarta dimensão, a nossa linha reta teria de apontar agora não mais para cima, mas para dentro, formando, de algum modo misterioso, uma linha perpendicular em relação às três retas anteriores, que deram a extensão, a largura e a altura do nosso universo. A afirmação é, no mínimo, enigmática. Ela força os limites da compreensão racional de que o cérebro humano, treinado para um mundo tridimensional, é capaz atualmente. Prefiro dizer que a quarta dimensão é aquela em que surgem as três dimensões anteriores; e é também a dimensão transcendente que surge quando se esgotam as possibilidades da realidade tridimensional. Vejamos o que significa isso.
A partir do final do século XIX, a ciência descobriu gradualmente a existência de substâncias mais sutis do que os três estados clássicos da matéria, o sólido, o líquido e o gasoso. É o caso da radiatividade, da física quântica, ou da teoria do Big Bang, a grande explosão cósmica que atraiu o universo para o plano tridimensional. Esses vários exemplos sugerem a existência de outra dimensão ou de um plano mais sutil da realidade. A hipótese da quarta dimensão não surge isoladamente. Ela corresponde à luz astral dos espiritualistas, ao akasha dos hindus e ao fogo divino da tradição persa. Sua idéia central foi chamada recentemente de campo mórfico nos trabalhos científicos do biólogo inglês Rupert Sheldrake e também de ordem implícita nos textos do físico David Bohm. Mas, para os estudantes de matemática e geometria, a idéia da quarta dimensão é um desafio lógico e racional que amplia o raciocínio humano até os limites do impossível, numa tentativa de ir além da limitação dos cinco sentidos.
Para o físico Albert Einstein, a quarta dimensão é o tempo. Não há, nisso, uma discordância da ciência com a tradição esotérica. A quarta dimensão está além – literalmente – de tudo o que se pode descrever com palavras, mas um dos seus aspectos fundamentais é o tempo, com certeza. Esse fato fica claro também nos conceitos de campo mórfico, de Sheldrake, ordem implícita, de David Bohm, e akasha, a idéia oriental de “registro cósmico de tudo o que ocorre”. Nos três casos, uma existência sutil e total é registrada no espaço quadridimensional, incluindo o passado, o presente e o futuro potencial de cada ser ou objeto. A quarta dimensão contém todas as modificações que ocorrem no espaço ao longo do tempo. Para Albert Einstein, espaço e tempo eram inseparáveis. O eterno aqui e agora é, pois, uma função do universo quadridimensional. Estamos imersos nele o tempo todo. O nosso hemisfério cerebral direito é capaz de captá-lo. A função humana da criatividade consiste na capacidade de focar a consciência no potencial ilimitado do universo quadridimensional e trazer algo do seu oceano de possibilidades para o estreito mundo tridimensional. Antes de nascer, existíamos na quarta dimensão. Depois da morte física, voltaremos ao mesmo mundo sutil da ordem implícita. Nesse exato momento, a criança que já fomos e o velho que ainda seremos estão presentes no universo potencial da quarta dimensão. Não são imutáveis, mas estão lá.
O espaço apresenta diversas dimensões, de acordo com a consciência dos seres que o habitam. Do ponto de vista da linha reta, como vimos, ele possui uma só dimensão. Do ponto de vista da superfície, ele tem duas. Um universo habitado por corpos sólidos apresenta três dimensões. Mas há planos ou níveis ainda mais sutis. E cada dimensão do universo inclui em si as dimensões anteriores, mais densas.
Há indícios experimentais das dimensões sutis? Uma comprovação vivencial da existência da quarta e da quinta dimensões no espaço é o fato de que sentimos as nossas próprias emoções e pensamentos como realidades espaciais. Nossa consciência pessoal se estrutura e se organiza como um espaço – mais ou menos tranqüilo, mais ou menos organizado – em que se movimentam as impressões e informações vindas dos cinco sentidos, e onde também se movimentam e vivem vários tipos de emoções e idéias. A consciência humana é, pois, um espaço interior em que há vários níveis. A quarta dimensão corresponde ao plano astral.
Os subníveis inferiores – mais densos – da quarta dimensão são sugeridos pela existência da eletricidade, dos raios X e da radiação atômica, que dissolvem as fronteiras fixas do mundo de três dimensões. A quarta dimensão inclui também o mundo magnético e emocional, em que operam a atração e a repulsão. Já a quinta dimensão dá o espaço mais sutil em que operam as idéias abstratas. Aqui existem os arquétipos puros da mente divina, que as filosofias pitagórica e platônica chamavam de números e idéias. A sexta dimensão corresponde ao mundo da intuição pura, e a sétima aponta para uma realidade suprema – atma – sobre a qual a humanidade não é capaz de fazer descrições ou especulações detalhadas.
As várias dimensões no espaço estão relacionadas com os diversos estados da matéria. Um grande raja iogue dos Himalaias afirmou, em 1883, ao comentar experiências científicas que já levavam à descoberta da radiatividade: “A ciência ocidental ainda terá de descobrir três estados da matéria.” E isso além do quarto estado, radiativo ou “radiante”, que sir William Crookes estava descobrindo. Com isso pode-se pensar em sete estados da matéria, correspondentes não só a sete dimensões do espaço, mas também, de certa forma, a sete níveis de consciência humana ou pós-humana. Além deles, a sabedoria oriental afirma que há Parabrahm, o espaço abstrato absoluto, a consciência pura e incondicionada de onde surgem periodicamente os universos.
Conforme o desenvolvimento da consciência humana, diferentes estados da matéria são percebidos em diversas dimensões do espaço, cuja sutileza é crescente. A organização da natureza em níveis de transcendência crescente está exemplificada até mesmo no plano físico. A água é mais sutil do que a pedra, e o ar é mais sutil que a água. Assim também os objetos da quarta dimensão são mais sutis do que o ar. Tudo no universo está organizado em escalas de vibrações, das quais o ser humano, com seus cinco sentidos, só é capaz de perceber uma pequena parte. São os casos do som e da luz, para citar apenas dois exemplos. Do mesmo modo como o ser humano não pode captar certas vibrações luminosas e sonoras, ele também é incapaz de perceber seres e objetos da quarta dimensão. Os limites do plano físico, na verdade, não são muito precisos. Um cachorro ou gato podem cheirar, ver e ouvir coisas que um ser humano não percebe. Eles também podem perceber certos objetos que estão além do mundo tridimensional.
É na quarta dimensão que atua fohat, a luz primordial da doutrina esotérica. Essa energia cósmica faz uma ponte entre o espírito e a matéria, obedecendo à vontade da Mente Universal. É fohat que estabelece as leis da harmonia e do equilíbrio como guias de toda evolução no mundo físico. Por outro lado, Helena Blavatsky ensina em sua obra A Doutrina Secreta que o éter constitui a forma mais densa do akasha ou luz astral. Para a filosofia oculta, o éter é o quinto elemento da natureza, logo após a terra, a água, o ar e o fogo. Num futuro relativamente distante, quando a humanidade estiver bem mais evoluída, os objetos da quarta dimensão e o éter serão visíveis para o cidadão atento.

Um modo possível de conceber a existência de uma quarta dimensão consiste em imaginar a totalidade do tempo universal e do espaço cósmico e lembrar que eles estão inseparavelmente entretecidos, formando uma quarta dimensão sutil que está presente, a cada instante, em todos os lugares do mundo tridimensional. A tradição esotérica ensina que, ao contrário das aparências, o mundo não existe apenas no presente. Ele inclui todas as partes e todos os tempos, e é apenas um determinado instante e um aspecto limitado dele que existem no aqui e agora.
A vida interior do ser humano se dá nas dimensões sutis. Só a vida externa vai escoando um instante após o outro pelo mundo tridimensional, desde o começo da primeira infância até o final da terceira idade. As vibrações do passado e as sementes potenciais do futuro estão presentes em torno da pessoa – mais precisamente na aura que rodeia seu corpo físico – e são perfeitamente reais, embora não possam ser detectadas pelos cinco sentidos. Em suas pesquisas científicas, Rupert Sheldrake tem reunido indicações dessa realidade. E Alexander Horne escreveu:
“Assim como um homem que viaja pelo campo percebe uma paisagem que muda gradualmente, embora na realidade a paisagem prossiga igual, assim também somos nós, viajando nas asas do tempo, percebemos um universo em movimento. O universo parece em movimento porque a nossa consciência limitada só nos permite ver uma coisa por vez.”
Para Horne, então, a passagem do tempo é na verdade a passagem do nosso mundo tridimensional, levado por uma sucessão infinita de “momentos presentes”, ao longo de uma quarta dimensão universal que inclui todo o passado e todo o futuro. Tridimensionalmente, “vemos a cada instante apenas uma porção infinitesimal do universo”, escreve ele. “O passado e o futuro, juntos, formam a realidade. O presente é só uma linha divisória, e, do ponto de vista do espaço superior, uma abstração, uma ilusão.”

O tempo mostrará a árvore presente na semente, revelará o adulto presente na criança, o velho presente no adulto, e também a futura criança presente no amor entre o homem e a mulher. Alguns pensam que o futuro e o passado não existem porque preferem negar tudo o que não é visível e tridimensional. No entanto, os dados presentes na memória de um computador, embora ocupem um espaço virtual, abstrato, estão presentes e disponíveis a cada momento. Uma biblioteca eletrônica não precisa de estantes. Do mesmo modo, a memória humana não guarda suas lembranças no cérebro. O cérebro localiza os dados onde eles estão, isto é, no akasha, no éter, no espaço sutil da quarta dimensão. Esse é o ponto de vista da tradição esotérica, que Rupert Sheldrake também recupera com o seu conceito científico moderno de campo mórfico.
Quando um violinista executa uma melodia, a obra está toda presente na dimensão sutil, embora o som físico avance lentamente, a cada segundo, do início até o final da música. Do mesmo modo, a evolução humana está toda presente no momento atual, embora só possamos perceber uma fatia estreita da evolução da vida com os nossos sentidos tridimensionais. São a mente e a intuição que nos permitem perceber as dimensões sutis. Em A Doutrina Secreta, Helena Blavatsky cita um diálogo místico entre mestre e discípulo:

“-O que é que existe sempre?”
“-O espaço, o eterno anupãdaka (em sânscrito, aquele que não tem origem).”
“-O que é que sempre existiu?”
“-O germe na raiz.”
“-O que é que está sempre indo e vindo?”
“-A grande respiração universal.”
“-Então esses três são eternos?”
“-Não, os três são um. O que sempre é, é um; o que sempre foi é um; e o que está sempre em transformação é um; e este Um é o Espaço.”
O espaço interior adquire diversas características, conforme os objetos e as consciências que o ocupam. “Os cristãos primitivos sabiam disso e, em sua linguagem própria, deram ao plano mais sutil o nome de sétimo céu”, escreveu Vera Stanley Alder. Para Vera, “a quarta dimensão nos ensina que quanto mais perto chegamos da realidade, da fonte e da causa das coisas, menos existe separação e isolamento. O separatismo nos leva cada vez mais para longe da nossa ligação com a realidade. Ele expressa a nossa limitação sob as vibrações físicas”.
Realmente, o mínimo que se pode dizer sobre a quarta dimensão é que ela dissolve as fronteiras e mostra a unidade de todas as coisas. Um corpo em quatro dimensões tem comprimento, largura, profundidade e ainda uma quarta característica, indescritível com palavras, mas que inclui a permeabilidade. Além disso, na quarta dimensão as distâncias físicas não existem. “O mundo quadridimensional convoca a humanidade para ser livre”, escreve Vera Alder, “convida-a para herdar a Terra e os céus, para possuir todas as coisas, e para compreendê-las por meio do amor e da unidade”.
O corpo humano é tridimensional, mas a vida transcende a forma. Uma igreja pode ser tridimensional, mas a verdadeira religião vai além de qualquer forma externa. É o universo das dimensões sutis que inspira o mundo tridimensional. Há muito tempo que os sábios ensinam isso.
A matemática e a geometria dos pitagóricos apontavam para a quarta e a quinta dimensões. Platão, quando distinguiu o universo sensível do universo inteligível, falava dos mundos tridimensional e pentadimensional, isto é, da realidade ilusória que se experimenta com os cinco sentidos e da realidade permanente que se percebe com a inteligência abstrata. A luz astral ou akasha (4ªD) liga a mente universal (5ªD) com o universo físico denso (3ªD). Na famosa alegoria da caverna, no Livro 7 da obra A República, Platão descreve a prisão sensorial da humanidade na caverna escura de um universo tridimensional, enquanto, na verdade, a vida só flui livremente nas dimensões mais sutis. Os seres humanos mal-informados pensam que as sombras projetadas na parede da caverna (o plano físico) são reais, mas a vida plena ocorre a céu aberto e é iluminada pelo Sol, símbolo do bem e da sabedoria.

Quando alguém nasce para o mundo tridimensional, sua consciência fica presa pela percepção limitada dos cinco sentidos, e assim surge a doença da separatividade e do egoísmo. Mas esse mal tem cura. A percepção do universo como um processo aberto em quatro dimensões permite que a consciência humana se liberte da noção tridimensional e fechada de “eu”, segundo a qual nada do que é “meu” pode ser do “outro”, assim como o que é “do outro” não pode ser “meu”. A percepção do universo em quatro dimensões, que corresponde em linguagem espiritualista ao despertar da consciência no plano astral, nos mostra as possibilidades ilimitadas de cooperação entre todos os seres. Essa nova visão do universo abre espaço para a compreensão de que as várias formas de vida constituem uma só comunidade. Assim, os pequenos “eus” individuais vêem a vida em seu conjunto e se comprometem com ela, de modo que a felicidade de cada um inspira e é inspirada pela felicidade de todos os outros.
Carlos Castaneda escreveu que o “eu” pessoal é prisioneiro da ansiedade porque teme olhar a vida com serenidade e descobrir que, na realidade, não existe. Perseguido pela suspeita terrível de que não existe, o “eu” agarra-se a uma noção estreita de espaço e tempo, para produzir uma falsa impressão de continuidade psicológica. Na verdade, esse “eu” teme apenas abrir-se para a felicidade e a bem-aventurança que estão à sua disposição logo além dos muros tridimensionais do mundo aparente. Quando o “eu” pessoal abandona suas couraças e proteções, consegue finalmente olhar para seu potencial divino, e então o foco da sua consciência não se desvia mais do caminho. Ele encontra seu “eu” eterno e ingressa finalmente na onda vibratória da nova era em que o ser humano encontra a paz e a felicidade. Está escrito há milênios nos registros do akasha, na quarta dimensão, que a nossa humanidade reencontrará a felicidade. E também que esse reencontro avançará por um processo alquímico de compreensão do sofrimento por parte de cada indivíduo humano. Até que o número de pioneiros seja suficiente e o carma coletivo, registrado na luz astral, esteja maduro. Então o processo de transmutação se generalizará em progressão geométrica, e a dor coletiva se transmutará facilmente em sabedoria.
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E assim chega ao fim um texto que trata de um assunto que eu achei fascinante. Foi tirado da revista 'Planeta', de Maio de 1999. Na verdade, nessa revista tem outros assuntos muito interessantes, mas esse, em especial, me chamou a atenção. Para ser sincera por trazer a base científica e também esotérica.
A idéia da existência da quarta dimensão abre espaço para refletirmos sobre o pouco que sabemos da existência universal. 'Só sei que nada sei'. A cada dia estou mais convicta da veracidade desse pensamento. Eu passo horas pensando sobre minha insignificância num universo tão vasto... raciocinando, sem sair do lugar, sobre a impossibilidade de um universo infinito, ou sobre um universo finito. E me deparo com um texto tratando de dimensões ainda mais sutis do que a grosseira tridimensionalidade! Além da comparação inevitável que fiz com o Espiritismo, que vi tão presente nas linhas que acabamos de ler.
Bem, é isso! Espero que tenham gostado do texto que trouxe para vocês.
Até a próxima,
Beijoz,
Sayonara! o/

domingo, abril 04, 2004

Novo Primeiro Post

Refazendo tudo por aqui!
Ponto de experimentos...
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Visitem! ;)
Beijoz,
Sayonara! o/